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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TDAH: O eterno incômodo escolar

 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO    E HIPERATIVIDADE 


               No dia-a-dia na escola, nos deparamos com alunos que andam de um lado para outro, não conseguem ficar muito tempo sentados no mesmo lugar, mexem com os colegas, nunca terminam as tarefas escolares, são desorganizados, conversam muito, não prestam atenção na aula, perdem objetos, cometem erros de fala, escrita e leitura, esquece palavras no meio de uma frase e são confundidos com alunos indisciplinados.                                                                   Se você acha que seu filho ou aluno é “avoado”, não consegue se concentrar nos estudos, além de parecer sempre “ligado na tomada”, siga adiante na leitura, pois a criança  em questão pode não estar simplesmente desinteressada ou ter problemas de comportamento, mas sim possuir uma doença chamada TDAH.                                                                          
Mas o que é TDAH?  

              O TDAH antigamente era conhecido como "Disfunção Cerebral Mínima", mais tarde passou a chamar-se "Síndrome Infantil da Hiperatividade" e a partir dos anos 70 com o reconhecimento da ausência de controle de impulsos e do componente déficit de atenção, passou então a ter a denominação a qual perdura até os dias de hoje: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Pesquisas realizadas em diversos países revelam que o TDAH está presente em torno de 5% das crianças em idade escolar que se não tratadas adequadamente podem apresentar problemas no desempenho escolar e no convívio social.                   Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória. Além de esquecidos, são inquietos, vivem mudando de uma coisa para outra e são impulsivos. São levados a ter problemas com uso de drogas e álcool.
                                                                                                                                                                                        Sintomas do TDAH
            
         Estudos científicos mostram que os cérebros de crianças com TDAH funcionam diferentemente dos das crianças sem o transtorno. Essas crianças e adolescentes apresentam um desequilíbrio de substâncias químicas que ajudam o cérebro a regular o comportamento.  Os portadores de TDAH têm alterações na região frontal que é a responsável pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização, planejamento e o controle da movimentação do corpo. Dois neurotransmissores, a dopamina e a noradrenalina são deficitárias e não passam corretamente as devidas informações entre as células nervosas (neurônios).
                                                                                                                                                                                           
 Diagnóstico do TDAH

                                                                                                                                                                           O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que façam o diagnóstico. A investigação do TDAH envolve detalhado estudo clínico por meio de avaliação com os pais, com a criança ou adolescente e com a escola.  Quem apresenta o diagnóstico de TDAH nasce com ele, logo quem o possui deve apresentar alguns dos sintomas antes do sete anos de idade. Fica claro que os portadores de TDAH apresentam um prejuízo social, acadêmico ou ocupacional, pois sem prejuízo não há o diagnóstico do transtorno. Ressaltamos que apesar de muitas vezes um aluno com TDAH errar bastante, por desatenção ou porque não estudam o suficiente, os portadores não apresentam dificuldade de compreensão. Quando se esforçam e / ou conseguem controlar os sintomas, têm desempenho normal.
                                                     
                                 Os prejuízos dos portadores de TDAH 


              
         Os portadores de TDAH não diagnosticados e não tratados apresentam baixo rendimento escolar, pois não conseguem acompanhar a turma e, estão sujeitos a reprovações e abandona da escola. Perdem a auto-estima, apresentam um quadro de tristeza, falta de motivação nos estudos e prejuízos nos relacionamentos sociais que podem desencadear episódios depressivos graves.                                                                                                        Vários estudos referem o TDAH a outros transtornos, denominados comorbidades, entre eles ao uso de substâncias psicoativas na adolescência. Para se ter uma idéia, entre 20% a 50% de pacientes dependentes químicos de álcool apresentam história de TDAH na infância, alerta o Dr. Gustavo Teixeira.

                                    
O tratamento do TDAH

            A Academia Americana de Pediatria (AAP) em suas diretrizes para o tratamento de TDAH enfatiza que o TDAH é uma condição crônica para a qual não existe cura conhecida, portanto um tratamento eficaz requer um plano de intervenção a longo prazo. O tratamento deve envolver o uso de medicamentos psicoestimulantes, intervenções psicossociais e psicoterápicas.  
          O objetivo do tratamento é minimizar o impacto negativo dos sintomas do transtorno sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente. Sugere que os pais e a criança devem ser informados sobre os efeitos que o TDAH e enfatiza também a necessidade da colaboração ativa entre pais, criança, escola e profissional da saúde para o bom andamento de um plano de intervenção.                                                 .                                                                                                                                        

Os educadores podem elaborar uma grande variedade de intervenções para ajudar o/a estudante se ajustar melhor na sala de aula. Entre elas:
01- Criar uma rotina de aula, de forma de avaliar e estabelecer limites de comportamento                    

02- Posicionar o aluno à frente da sala de aula, longe de janelas e próximo ao professor;         

 03- Não criticar ou reprovar sua inquietação, mas encorajar, elogiar e ser afetuoso;                         

04- Ensinar técnica de organização e estudos;                                                                                
05- Exigir uma quantidade menor de tarefa e questões nas avaliações. Dar um tempo maior para o aluno copiar os exercícios do quadro. Realizar mais avaliações orais do que escrita e solicitar a cooperação dos colegas em ajudar ao aluno na aprendizagem e execução dos exercícios escolares, a fim de promover sua aceitação e integração.
           
                No Distrito Federal há 2.7 mil estudantes da rede pública com diagnóstico TDAH e ainda há muitos estudantes sem o diagnóstico. Nas cidades do Entorno o quadro não é diferente. Portanto existe o problema e é preciso mobilização pública para dar apoio e informação aos pais, orientar professores, orientadores e demais educadores para combater esse eterno incômodo que atinge crianças, adolescentes e adultos em todo nosso país.                                                 

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2 comentários:

  1. Oi Gina! Vim retribuir sua visita, obrigada! Fiquei feliz em ver que seguias o blog. Volte sempre aquele cantinho é nosso. Abraços uma noite abençoada.

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  2. Gina! estou lançando no meu blog um selinho VIAJAR NA LEITURA, postei um pra você, passa lá te espero. Veja link na lateral do blog. Abraçoss

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