Total de visualizações de página

domingo, 25 de outubro de 2009

História da Educação de Jovens e Adultos

História da EJA

Minha paixão pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem sendo cultivada há algum tempo. Foi influenciada pelas idéias de Paulo Freire, Gadotti, Romão, Martha Kohl, entre outros e pelos ensinamentos dos professores do CESB, faculdade em Valparaíso de Goiás, que me fizeram refletir sobre as questões do analfabetismo no Brasil. Tomou novos rumos quando coordenei a EJA, no mesmo município e foi reforçada na prática, em Santa Maria, DF.
                 As leituras sobre os métodos Paulo Freire e Dom Bosco me levaram ao mesmo caminho. Por que ainda há, segundo o MEC, 16 milhões de analfabetos no Brasil, se há ótimos métodos de alfabetização, programas governamentais e incentivos de algumas empresas privadas?
Percebemos que as questões sociais, políticas e econômicas são fatores que acarretam os males da educação brasileira.         
                  A questão social ainda exclui os alunos da escola. A categoria política ainda não determinou como prioridade a erradicação dessa problemática. Há iniciativas e programas idealizados por governos que passaram e passam com um só discurso: erradicar o analfabetismo o mais breve possível, mas até hoje, nenhuma plataforma de governo focaliza o tema como real prioridade. A questão econômica é fator determinante para o afastamento dessas pessoas da escola. E assim a EJA continua abarcando um público cada vez mais jovem de alunos e segue a sua trajetória à margem da História da Educação. Outros fatores também impedem a concretização do fim do analfabetismo no nosso país.
                  Muitos procuram a sala de aula, porém desistem por terem que mudar para longe das escolas, por falta de horário compatível com seus empregos, por não terem com quem deixar seus filhos à noite, por vergonha de freqüentar uma sala de alfabetização, por se enamorar pelos colegas de sala e afastam por não saber lidar com essa nova situação. Outros deixam a escola por cansaço e por não acreditar em seu potencial de aprendizagem e ainda por falta de incentivo dos familiares. Há também outra problemática, que contribui para dar continuidade ao analfabetismo que é a falta de preparo de alguns professores, nem todos estão capacitados para suprir a necessidade de seus alunos. Muitos têm o conhecimento, porém não dispõem de tempo para preparar adequadamente suas aulas. Trabalha-se muito, ganha-se pouco. Essa é a realidade no nosso grande Brasil.
                A História do Analfabetismo no Brasil é a própria História da EJA, repleta de contradições, ranços políticos e preconceitos. Iniciou-se com os Jesuítas ensinando os nativos a ler e escrever com objetivos de expandir o catolicismo. Mais tarde, o índice de analfabetismo no Brasil alarmava todo o mundo. Criou-se a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (1947) com o intuito de “ganhar votos” e “algumas divisas”.
                 A década de 50 surge com críticas à inadequação dos métodos utilizados para alfabetizar os adultos. Essas críticas levaram a educação a outro rumo, a um novo jeito de “reinventar a educação”.
                  Os sonhos de Paulo Freire e de milhões de brasileiros foram interrompidos pelo Golpe Militar de 64 e muitos outros educadores foram exilados do nosso país. Nesse período o sangue dos brasileiros “críticos” fervilhava sob o autoritarismo militar. Nesse contexto (1967) lança- lança-se o MOBRAL- Movimento Brasileiro de Alfabetização. O ensino supletivo ganhou Lei.
Trabalhadores em LUTA- anos 70
No meado da década de 70, os movimentos populares, sindicais e as comunidades reagiram ao autoritarismo e à repressão. Na década de 80, há uma abertura política e volta as eleições diretas para governadores e prefeitos. A Constituição de 1988 determina a Educação de Jovens e Adultos como dever do Estado. Os anos 90 trouxeram novos desafios para a EJA, criou-se um enorme vazio em termos de políticas para o setor. Há crise por falta de materiais de apoio, de estudos e pesquisas na área. Criou a Suplência e em 1999 o governo lançou uma nova proposta educação para a EJA, com objetivos de formar cidadãos e cidadãs trabalhadores. Nos dias atuais ainda há falta de materiais específicos, porém algumas conquistas estão surgindo, como por exemplo, o lanche noturno.
               É fundamental que os trabalhadores da EJA conheçam suas propostas, discutam as necessidades dos alunos e registrem as ações realizadas em cada escola para que futuramente possa-se garantir a memória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil.
                  Esperamos ter contribuído no resgate da História da EJA e seus alunos, que apesar de terem direitos previstos por Lei, vêm suas necessidades básicas sendo negadas através das injustiças sociais, da exploração e fragilidade de condição, porém possibilitada através da liberdade, justiça, respeito mútuo, educação permanente e vontade política. Não é apaixonante a História da EJA?

Para Sasha, Luís Fernando, João Vitor, Kalil Gibran, Isadora, Samuel e recentemente Davi

Quarteto Lima - Cid Jr. Gibran, Alyne e Jack
(pais e mães da galera)
Para meus netas e netas: 

Sasha Carolyne, Luís Fernando, João Vitor, Kalil Gibran, Isadora, Samuel e  Davi

Texto:GINA LIMA


      Eu queria que um dia meus netos e netas plagiassem Drummond, por entender a essência e a emoção de suas palavras.
      Queria que ouvissem Caetano, e compreendessem suas provocações, a rebeldia das idéias, os sentimentos libertos clamados no cantar.
       Eu queria que um dia meus netos amassem sem cobrar, que entendessem que o amor é total, é sublime, é aconchego, é pertencer, é um olhar...
        Eu queria que meus netos vivessem numa cidade onde seus governantes respeitassem as pessoas como seres pensantes, libertos e humanos.
        Eu queria que meus netos amassem seu país, sua cidade, sua escola, sua família, seus amigos, pois somos integrantes de uma sociedade onde dependemos uns dos outros e o convívio social é essencial para nosso engrandecimento como pessoa.
       Eu queria que meus netos lessem muito, escrevessem seus pensamentos e que suas idéias fossem fundamentais para a transformação da sociedade, que ainda sente-se oprimida, carente e sofrida.
         Não queria para meus netos muitos bens materiais, mas gostaria que eles e elas tivessem o exercício pleno da cidadania.
            Eu queria que eles e elas fossem felizes e que tivessem uma educação plena e com significados reais. Queria uma escola que não fosse autoritária e sim impusesse autoridade, pois o autoritarismo corrói e a autoridade forma e transforma.
           Eu queria para eles e elas uma escola que aceitasse seus trajes, bonés, brincos, suas cores. Uma escola que permitisse seus aché, hip-hop, dance, seus modismos... e em contrapartida lhes mostrassem as belas canções-poema de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gabriel “O Pensador”, Almir Sater, Milton Nascimento, Djavan, Toquinho, Osvaldo Montenegro, entre outros. Seria uma troca saudável e enriquecedora.
                Ah! A poesia... Queria tanto que suas escolas lhes apresentassem os poemas, as prosas, do Pedro Bandeira, Cecília Meireles, Elias José, Drummond, Clarisse Lispector, Ligia Fagundes, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa, Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes, Mário Quintana, Veríssimo, Ferreira Gullar, Jorge Amado e inúmeros outros.
                   Eu queria que eles e elas usassem as palavras para perdoar, incentivar, reivindicar, divulgar o amor, a união, a ética, a paz e a fé cristã (e que perdoassem o déficit religioso da vó!). Queria que esses mesmos sentimentos fortificassem suas futuras famílias. Que acima de todos os preconceitos, usassem as palavras para conciliar.
      Se não for muito...Gostaria que suas escolas apresentassem desde pequenininhos, a filosofia como forma de reflexão e crítica e também como essência histórica da nossa formação intelectual.
                   Gostaria que eles / elas usassem a tecnologia como facilitadora da vida humana e jamais a usassem para burlar algo ou alguém.
                  Gostaria muito que meus netos e netas, mesmo não seguindo os caminhos da vó, fizessem uso da Pedagogia e do amor, como subsídios para educar seus futuros filhos.
               Por fim, queria que eles e elas fossem do jeito que são: carinhosos, amorosos, inteligentes, birrentos (às vezes) e filhos de pais e mães maravilhosos (as): Alyne, Cid Junior, Jaquelyne e Gibran. 

Nelcy Azevedo (CHEN) - minha mãe, me fez filha única e  eu  aumentei a  população brasileira.


Eu (Gina ) e  filha Alyne Lima  "por uma vida mais saudável às mulheres"


Cid Jr e Sabrina ( pais da galera João, Isadora e Dav

Cid Junior, Jack e Gibran ( todos Lima)




Cid Lima  - pai da galera Lima - violeiro..pagodeiro... e outros









Gibran e seu amor Wênia






Piazza e Jack Lima
Pizza ( genro)  belas canções... Caetano se segura...









Sasha Carolyne (neta universitária)..alastrando boas ideias pela UNB 



LU LIMA (neto violeiro)

Luis Fernando...meu roqueiro/sertanejo/ gospel...eclético ...toca muito!



Cid Jr e Davi  na viola
João Victor e Isadora

Isadora, João Victor e Davi em pose ...hum...chic?



João Victor aconchegand Davi

Samuel no combate ao Bullying - tema  da vó
Cama de vó pode tudo,  né Samuel Lima?
Samuel lendo muiiiiito!
Kalil (acabando de chegar da escola) e Samuel
Samuel e Kalil ..serão futuros músicos???
Davi e seu charme...
Davi em pose especial para vó Gina












MAK TUB


E assim caminha a humanidade...